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Conheça os fatores que impactam na maturação da cana-de-açúcar

31/08/2021
Cultura • Cana-de-açúcar
Artigo novo no site! Cana-de-açúcar Conheça os fatores que impactam na maturação

Saiba tudo sobre esse processo fisiológico de extrema importância para o acúmulo de sacarose na planta. 

 

Quando falamos sobre a colheita de cana-de-açúcar, a regra é clara: o melhor momento para iniciar esse processo é durante o período de maturação da planta, quando a cana tende a apresentar o seu máximo teor de açúcar.

 

Em suma, a maturação da cana-de-açúcar é um processo fisiológico que ocorre de maneira natural, quando a planta sofre um estresse durante os períodos de menor disponibilidade hídrica e/ou de temperaturas amenas. 

 

Essa estiagem prejudica o crescimento da planta, ao mesmo tempo em que favorece a formação de sacarose nas folhas, bem como o deslocamento e armazenamento dela no colmo.

 

Conforme publicado pela Agência Embrapa de Informação Tecnológica (Ageitec), o processo de maturação acontece, portanto, sob três aspectos principais. São eles:

  • Botânico: a cana só é considerada madura após a emissão de flores e a formação de sementes. Na reprodução por toletes, a maturação é considerada quando as gemas estão em condições de dar origem a novas plantas;
  • Fisiológico: a maturação ocorre quando o colmo atinge seu máximo armazenamento de açúcar;
  • Econômico: acontece quando a cana atinge o teor mínimo de sacarose de 13% do peso do colmo, necessário para que possa ser viável industrialmente.

 

Clima: um dos grandes fatores de impacto

 

Como mencionamos brevemente, a maturação da cana-de-açúcar depende de alguns aspectos específicos, sendo a condição climática uma das principais. 

 

Uma vez que a queda de temperatura e a redução das precipitações se destacam como elementos fundamentais para que esse processo seja iniciado, os meses de junho a agosto são considerados os mais propícios ao acúmulo de sacarose na cana. 

 

Em contrapartida, a maturação se torna mais difícil em períodos e regiões que lidam com altas temperaturas ou precipitação pluvial elevada. Para que não haja perdas significativas nos teores de açúcar da cana durante as épocas mais quentes e úmidas do ano, os produtores podem contar com a ajuda dos maturadores. 

 

Trata-se de substâncias químicas que ao serem aplicadas na cana no momento certo, ajudam a reduzir sua taxa de crescimento vegetativo e, assim, permitem que a cana acumule o açúcar que seria usado neste processo. Em outras palavras, a grande função dos maturadores é auxiliar na obtenção de uma maior taxa de açúcar por hectare durante a colheita.

 

Além disso, quando aplicado no fim da safra, os maturadores também ajudam a preservar o açúcar acumulado durante os meses mais secos.

 

Ao permitir que fornecedores e usinas obtenham uma cana com maior quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) e, consequentemente, maior lucratividade, o uso de maturadores tem se tornado cada vez mais comum. Entre as principais opções do mercado, o destaque fica por conta do RIPER, maturador desenvolvido pela IHARA para elevar o nível de açúcar ao máximo, de maneira rápida, flexível e eficaz.

Identificando a hora certa de iniciar a colheita

 

Como você viu até aqui, a colheita da cana deve ser iniciada quando ela atingir o máximo teor de açúcar. Mas como identificá-lo?

 

Bom, é simples: essa informação pode ser obtida com a ajuda de um refratômetro, aparelho utilizado para verificar a porcentagem de sólidos solúveis presentes no caldo da cana, também conhecido como Brix. 

 

A recomendação é que a colheita aconteça quando a média do Brix for maior que 18. Essa média, por sua vez, deve considerar os resultados obtidos ao analisar a porcentagem de sólidos solúveis da base, meio e ponta do colmo.

 

Vale destacar que, além das condições climáticas, a maturação da cana é impactada por fatores como variedade, tratos culturais e época do plantio. Por isso, estar atento aos sinais é tão importante. 

 

Quando o tempo correto de maturação da cana é negligenciado, o produtor corre o risco de ter que lidar com um baixo rendimento de açúcar, mesmo tendo uma boa tonelagem da cultura por hectare.

 

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