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Bemisia tabaci

 

Mosca-branca

Bemisia tabaci
A mosca-branca (Bemisia tabaci) é um inseto sugador que ataca diversas culturas agrícolas de importância econômica, como feijão, algodão, soja, uva, plantas ornamentais e hortaliças. Destacam-se também, como plantas hospedeiras, várias espécies de plantas daninhas, o que significa que, na entressafra, esses insetos sobrevivem muitas vezes em alta população nas áreas de cultivo.
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CARACTERÍSTICAS

 

O inseto adulto tem 1 a 2 mm de comprimento, dorso amarelo-pálido e quatro asas membranosas, recobertas com substâncias pulverulentas (cerosa) de coloração branca. Quando em repouso, as asas são mantidas levemente separadas, com os lados paralelos, deixando o abdômen visível. A fêmea é ligeiramente maior que o macho. Os adultos são muito ágeis e voam quando perturbados. Auxiliados pelo vento, podem voar a longas distâncias.

 

CICLO REPRODUTIVO

 

O ciclo reprodutivo da mosca-branca apresenta as fases de ovo, ninfa (quatro estádios, sendo o último também chamado de pupa ou pseudo-pupa) e adulto. A reprodução pode ser sexual ou partenogênica (sem fecundação). Na reprodução sexual, a prole será de macho e fêmea, e na partenogênica, será composta apenas de machos.

A mosca-branca apresenta de 11 a 15 gerações durante um ano, e as fêmeas podem depositar de 100 a 300 ovos em 3 a 6 semanas de vida (variável de acordo com as condições climáticas).

 

DANOS À LAVOURA

 

A mosca-branca é considerada a praga de maior importância na agricultura nacional, por causar danos diretos e indiretos às plantas. Os danos diretos são provocados tanto pelos adultos quanto pelas ninfas (formas jovens), na fase vegetativa ou reprodutiva da cultura, quando se alimentam através da sucção da seiva das plantas, causando debilidade ou até mesmo a sua morte.

 

Contudo, o maior perigo desta praga está na transmissão de viroses, que causam doenças bastante severas. Cerca de 120 espécies de vírus podem ser transmitidas por B. tabaci, representando um grave problema fitossanitário em várias culturas agrícolas. Entre estas estão o vírus do mosaico dourado do feijoeiro, o vírus do mosaico comum do algodoeiro e o geminivírus em tomateiro, pimentão e batata. Na soja, a mosca-branca é transmissora do vírus da necrose-da-haste, que pode levar a planta à morte.

 

CONTROLE E MANEJO 

 

Atualmente, não existe um método que, isoladamente, seja eficiente no controle desta praga. O controle é dificultado pelo seu hábito de permanecer na face abaxial das folhas, pela facilidade com que desenvolve resistência a ingredientes ativos, por apresentar alto potencial biótico e capacidade de adaptar-se a novos hospedeiros e a diferentes condições climáticas, e pela facilidade de disseminação. Assim, associar estratégias de controle para o combate à mosca branca é de fundamental importância. É altamente recomendável a adoção de medidas que utilizem os preceitos do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

 

IMPACTOS NA SOCIEDADE

 

No Brasil, a mosca-branca ataca culturas de importância econômica estratégicas para o país. Na cultura da soja, as perdas em decorrência do ataque dessa praga têm preocupado os produtores devido ao seu alto potencial de dano.

A área cultivada com a soja no país supera 37 milhões de hectares e estima-se que, na pauta de exportações, os embarques do complexo soja deverão render, no total, US$ 32 bilhões em 2020. Assim, a praga torna-se uma ameaça à viabilidade dos negócios.

 

FONTE: EMBRAPA

 

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