Assim que o processo de produção do milho é concluído, ele tem dois destinos possíveis: o consumo dos grãos no próprio estabelecimento rural e, principalmente, a venda do produto para o mercado. Essa opção, diga-se de passagem, inclui desde a comercialização para fábricas locais de rações, indústrias químicas e empresas cerealistas, até a exportação.
Seja qual for o caminho percorrido, a fase de comercialização de grãos é crucial e demanda bastante cautela. Afinal, após todos os gastos envolvidos do pré-plantio à colheita, é essa etapa que determinará o lucro do produtor.
O grande ponto é que, quando falamos na venda de milho, existem diferentes possibilidades, o que pode acabar gerando dúvidas sobre qual modalidade escolher.
Para acabar de uma vez por todas com esse problema e auxiliá-lo neste processo, fizemos uma lista das principais operações de comercialização de grãos. Acompanhe, na sequência, todas as modalidades que fazem parte desse universo:
1. Barter
Essa é uma operação muito comum dentro do agronegócio brasileiro e consiste, basicamente, na troca de insumos agrícolas pela produção dos grãos.
No geral, a negociação em Barter, que hoje responde a praticamente 30% dos valores financiados neste mercado, acontece sem que exista a precificação em moeda por troca. Através da correlação da quantidade da produção necessária para a compra dos insumos, a formalização ocorre por meio da Cédula do Produtor Rural (CPR), espécie de contrato que é assinado antes mesmo do plantio. Com o CPR, o produtor se compromete a entregar parte da sua produção ao distribuidor agrícola ou à parte selecionada no ato da negociação.
2. Hedge
A estratégia de Hedge também se inicia antecipadamente e permeia ao longo de todo o cultivo, com o objetivo de que o produtor possa se proteger de possíveis oscilações no preço, afinal, o mercado de commodities está bastante sujeito às instabilidades econômicas.
Neste tipo de operação, os preços dos grãos são fixados segundo a cotação na bolsa de valores e, assim, o produtor já consegue fazer um provisionamento da sua margem de lucro.
3. Pré-fixação e pré-pagamento
Além das duas modalidades apresentadas acima, existem outras duas que integram o que chamamos de mercados futuros.
Na pré-fixação, como o próprio nome sugere, o produtor negocia a venda do milho por um preço fixo junto às empresas compradoras.
Já na operação de pré-pagamento, o comprador adianta o pagamento dos grãos e o produtor se compromete a entregá-los pessoalmente após a colheita. É importante lembrar que, neste último caso, há cobrança de juros.
4. Comercialização via cooperativa
Saindo do âmbito de mercados futuros, outra possibilidade é a comercialização intermediada por cooperativas, ou seja, organizações que recebem os grãos dos produtores, armazenando-os e fazendo o devido escoamento ao mercado.
Um dos pontos positivos desta modalidade é que, geralmente, os produtores associados ganham vantagens na compra de insumos agrícolas. Em contrapartida, há um menor controle na escolha dos compradores e fornecedores.
5. Comercialização via Internet
Com o avanço da tecnologia e da era digital, tem sido cada vez mais comum encontrar grãos sendo comercializados na internet, por meio de sites especializados.
As opções são variadas. A DEBROKER®, por exemplo, é uma plataforma totalmente dedicada para a compra e venda online de grãos. Já a CBC Agronegócios se destaca como um dos maiores sites do Brasil a comercializar commodities agrícolas.
6. Comercialização via tradings e corretoras
Neste caso, a venda do milho é intermediada por empresas especializadas, que facilitam as negociações junto a compradores nacionais e internacionais. Aliás, grande parte das comercializações para o exterior é feita desta forma.
Vale destacar, porém, que as tradings e corretoras cobram uma porcentagem dos produtores para realizar o serviço de intermediação, o que também deve ser considerado na decisão final.
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