Com excelente qualidade e produtividade crescente, o Brasil responde por um terço da produção mundial de café, o que o coloca como o maior produtor mundial. Porém, pragas e doenças ainda representam grandes dores de cabeça para cafeicultores, sendo a broca-do-café uma das pragas mais danosas.
Conhecida por todos os cafeicultores, a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae), causa queda de frutos e redução do peso dos grãos, resultando em prejuízos quantitativos e qualitativos importantes.
Diante disso, todo cafeicultor já tem ciência de que a broca-do-café é sinônimo de prejuízo em cafezais. O correto monitoramento e a adoção de medidas de controle bem planejadas são fundamentais para o atingimento de elevadas produtividades.
Broca-do-café: prejuízos históricos à cafeicultura brasileira
Dentre as pragas que atacam e causam danos à cultura cafeeira, a broca-do-café, representada por um pequeno besouro, figura entre as mais importantes, juntamente com o bicho-mineiro e a cigarra.
O início da incidência da broca-do-café no Brasil ocorreu, provavelmente, por volta do ano de 1913, através de sementes de café importadas da África e da Ilha de Java. Em 1924, foram observados os primeiros frutos brocados.
Guy Carvalho, consultor agronômico e criador do canal Papo de Cafeicultor no YouTube, disse, em um episódio recente do IHARACAST intitulado “Desafios e novas tecnologias no manejo do café”, que a broca é um grande causador de prejuízos diretos nessa cultura.
“As larvas deste pequeno besouro habitam o interior dos grãos, se alimentando do conteúdo interno do grão verde ou maduro, com capacidade de se desenvolver e sobreviver dentro dele, causando por isso muitos prejuízos diretos”, afirmou.
Com isso, há perdas quantitativas e qualitativas no cafezal, que vão da queda de frutos à alteração da bebida no processamento final do café. Os frutos atacados que permanecem na planta têm redução de peso e, durante o processamento, podem quebrar a ponto de serem descartados no descascamento. Em casos extremos, a redução no peso dos grãos pode chegar a 20%.
Há também danos indiretos, que ocorrem pela abertura de orifícios, tornando a planta mais suscetível ao ataque de microrganismos, como alguns fungos do gênero Fusarium e Penicillium.
É muito importante monitorar a Broca-do-café no momento certo
Em cafezais, a ocorrência da broca-do-café em maiores níveis de infestação depende exclusivamente de dois fatores de suma importância, como explica Guy Carvalho. “A maior ocorrência da broca em cafezais depende das condições climáticas, além da quantidade de grãos que sobraram da safra anterior”.
Dessa forma, cultivos adensados, pouca ventilação na lavoura e a baixa incidência de luz promovem um ambiente mais adequado para a proliferação do inseto. Porém, como o cafeicultor não controla as condições ambientais, o ideal é sempre realizar a monitoramento da cultura.
A orientação é que o monitoramento tenha seu início logo após o período da florada, com os frutos em fase de chumbinho. Esse monitoramento permite identificar a real infestação da broca em cada talhão de café, dando respaldo para definir quais são os talhões que deverão receber medidas de controle, evitando o uso desnecessário de alguns manejos, como a aplicação de inseticidas.
Dicas para melhorar o manejo da broca-do-café
O monitoramento populacional da broca é bastante importante, principalmente por estar diretamente relacionado com as estratégias de controle. Essas estratégias de controle se baseiam no método cultural, comportamental e químico.
Método cultural – trata-se de um dos métodos mais eficientes para controle da broca-do-café. Os pés do café devem ser plantados de forma que permitam maior arejamento e penetração de luz, além da circulação de pulverizadores acoplados a tratores nas ruas de cultivo.
A colheita também deve ser muito bem realizada, sempre iniciada nos talhões que apresentarem os cafeeiros mais infestados, a fim de que sejam evitados maiores prejuízos.
Método comportamental – destaca-se o uso de armadilha com semioquímico. Atualmente, esse tipo de armadilha é mais utilizado para o monitoramento da broca no seu período de trânsito.
Método químico – o controle químico da broca é considerado eficiente e rápido, principalmente no Brasil, com maiores espaçamentos, diferentemente de alguns países produtores que praticam uma cafeicultura mais adensada e/ou sombreada.
No entanto, é importante salientar que o método químico só será eficiente se os inseticidas forem aplicados no período de “trânsito” da broca. Afinal esse será o período em que as fêmeas estão selecionando os frutos para depositarem seus ovos, permanecendo, geralmente, do lado de fora.
Na maioria das vezes, o controle químico do inseto não é feito em toda a lavoura, mas limitando-se a alguns talhões (essencialmente aqueles talhões cuja infestação já atingiu de 3% a 5% dos frutos amostrados).
Bold: inseticida IHARA para controle da broca-do-café
Como vimos, a broca-do-café é uma praga muito prejudicial ao cafezal. “Essa praga ataca diretamente os frutos, impactando o valor comercial do produto e os valores recebidos pelo produtor”, diz Guy Carvalho.
Assim, o inseticida Bold, desenvolvido pela IHARA, é uma excelente opção para manejo desse inseto em cafezais. Com efeito multipragas para as mais diversas culturas, esse inseticida apresenta tecnologia inovadora com amplo espectro de controle.
Com ação sistêmica e de contato, esse inseticida apresenta elevado poder de choque e excelente efeito residual. Também tem alta versatilidade de uso, com aplicação terrestre, aérea e na florada.
Além disso, esse inseticida, proporciona um menor custo operacional, contribuindo com a melhor qualidade dos grãos de café.
Desenvolver boas soluções é sempre o foco do trabalho da IHARA. A empresa investe em pesquisa e desenvolvimento para lançar constantemente produtos que atendam às necessidades complexas da agricultura, com produtividade e sustentabilidade, tendo no Bold uma excelente opção para o controle de pragas presentes em cafezais.