Teste
Capim-carrapicho

 

Capim-carrapicho

Cenchrus echinatus
O capim-carrapicho, Cenchrus echinatus, também conhecido por capim-amoroso ou capim-timbete, é uma planta daninha abundante, com elevado potencial competitivo e classificada entre as seis gramíneas de ciclo anual mais prejudiciais às lavouras no Brasil.
Baixar ficha técnica

Distribuição Geográfica

 

O C. echinatus é uma gramínea nativa da América tropical, mas que atualmente coloniza amplamente zonas tropicais e temperadas em todo o mundo. No Brasil, é encontrado no Sul, Centro-Sul, Nordeste e parte do Centro-Oeste.

 

Embora seja tipicamente associado a habitats secos e arenosos, também pode crescer em áreas úmidas, colonizando áreas agrícolas, zonas ribeirinhas, áreas perturbadas, dunas e outras áreas costeiras, pasto, beira das estradas, jardins e margens de pântanos. Pode ser encontrado em 18 culturas, em 35 países.

 

Características

 

Inflorescência

O C. echinatus é uma planta herbácea, entouceirada, ereta ou eventualmente semi-prostrada, com os nós providos de pigmentação antociânica, com 60 cm de altura, em média. Alastra-se por enraizamento dos colmos.

 

Os colmos são cilíndricos e têm as porções inferiores achatadas, cor verde-amarelada, e ramificam-se desde a base. Apresenta folhas abundantes, com bainha comprida e lisa ou pouco pilosa, com margens cortantes.

 

Ciclo Reprodutivo

 

O C. echinatus é uma planta anual, com crescimento inicial rápido e vigoroso. A duração do ciclo biológico varia de 120 a 210 dias e o início do florescimento ocorre no período de 60 a 150 dias após a germinação, dependendo dos fatores ambientais. A temperatura ideal para o desenvolvimento do capim-carrapicho é 25º C, e uma única planta é capaz de produzir até 1.100 sementes, dependendo das condições do ambiente.

 

Danos

 

O capim-carrapicho é uma gramínea altamente competitiva por recursos de crescimento, afetando diretamente o desenvolvimento e o crescimento da lavoura de soja por meio da competição por água, espaço, luz e nutrientes, ou indiretamente, dificultando os processos de colheita e de beneficiamento, devido à alta presença de sementes da planta daninha junto aos grãos da cultura.

 

Além de causar perda de rendimento da cultura, aumenta os custos de produção, deprecia a qualidade do produto e hospeda pragas e doenças.

 

Controle e Manejo

 

Diferentemente de muitas espécies, o C. echinatus pode ter a germinação potencializada mesmo no escuro. Isso acontece graças ao tamanho de suas sementes, que podem emergir a mais de 10 cm de profundidade, dificultando o manejo e a ação de herbicidas pré-emergentes.

 

Como estratégia de controle, o produtor pode recorrer ao manejo integrado, que engloba o controle preventivo (utilização de sementes de soja certificadas e fiscalizadas; limpeza dos maquinários, instrumentos e roupas e isolamento das áreas contaminadas para limpeza), o controle mecânico (capina com a utilização de arados, grades e cultivadores), o controle cultural (adubação equilibrada, plantio na época adequada, espaçamentos reduzidos e densidade adequada de plantas na fileira, rotação e sucessão de culturas), e o controle químico (aplicações de herbicidas pré e pós-emergentes e rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação).

 

A principal alternativa para o controle das plantas daninhas na soja é o controle químico, pois tem como grande vantagem a economia de mão de obra e a rapidez na aplicação do controle. Pode ser utilizado tanto no plantio convencional quanto no sistema de plantio direto com elevada eficiência.

 

Impactos na Sociedade

 

A soja é uma das culturas agrícolas mais importantes em todo o mundo e o Brasil é o líder mundial na produção e exportação dos grãos. Responsável por grande parte da economia do Brasil, a oleaginosa é utilizada na alimentação humana e animal. O plantio dessa cultura proporcionou o desenvolvimento e a ocupação de diversas áreas, o que alavancou a oferta de empregos diretos e indiretos no país.

 

A presença da planta daninha nas áreas de cultivo é, atualmente, um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores, pois são responsáveis por perdas na produção que podem chegar a 70% em lavouras de soja com casos extremos de infestação.

 

Newsletter

Cadastre-se aqui para receber notícias do agronegócio