Projeções para a safra de milho 21/22
Em 2021, a safra de milho passou por um dia histórico, atingindo uma alta na cotação internacional, sendo comercializado no valor de R$ 100,00 por saca nos negócios da bolsa brasileira, um patamar inédito no agronegócio nacional apontado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Esse resultado foi impulsionado por uma série de fatores, como:
- o aumento da demanda internacional;
- a parada no aumento de cultivo nos EUA;
- o crescimento da exportação para a China;
- a rápida recuperação do preço do petróleo.
Mas por que essa alta veloz?
O principal ponto relacionado à alta é o risco climático na segunda safra. Mesmo com os excelentes resultados nos principais produtores brasileiros de milho, o mercado começou a precificar uma safra menor no futuro, já que a previsão apontava fatores que poderiam reduzir o potencial produtivo das lavouras.
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção da safrinha de 2021 se consolidou em 60,7 milhões de toneladas. Ao longo de toda a temporada 2021/22, que vai de fevereiro/21 a janeiro/22, o país importou 2,5 milhões de toneladas de milho.
A semeadura do milho de primeira safra, para 2021/22, indica a continuidade dos efeitos do fenômeno La Niña, caracterizada pelo atraso e inconstância das condições climáticas, apresentando certa similaridade com o que ocorreu no início do plantio da safra anterior.
Produção de milho e a rotação de culturas
Para assegurar a qualidade do solo e produtividade do milho, a rotação de culturas é uma prática muito utilizada pelos produtores. Com o uso dessa prática, há uma troca de nutrientes entre as espécies cultivadas sucessivamente, e espera-se também um melhor manejo de plantas daninhas, pragas e doenças que atuam nas culturas envolvidas no ciclo produtivo.
Entre as vantagens dessa prática está a alternância no uso de defensivos agrícolas e seus princípios ativos. Porém essa prática pode ser comprometida por conta da alta demanda de produção e pelo fato de o solo não ter um “descanso” entre os plantios, o que aumenta a necessidade do uso de medidas de proteção contra pragas e doenças relacionadas ao manejo químico.
Projeções para a safra 2021/22
As expectativas são positivas para o futuro. De acordo com a Conab, é esperada uma produção de 116,3 milhões de toneladas, diante de um aumento de 28% na produtividade das lavouras. Quando falamos em consumo, é esperado o mesmo da safra anterior, com 73,7 milhões de toneladas.
As importações devem reduzir 61% para a nova safra e ficar em 900 mil toneladas. Como resultado desse cenário, o estoque final deverá ser de 11,5 milhões de toneladas.
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