O ano de 2022 já começou com videiras carregadas e prontas para serem colhidas.
Desde janeiro, produtores de diferentes regiões do Brasil iniciaram a colheita de algumas cultivares. Com muitas videiras ainda em processo de maturação, estendendo a colheita até março, o clima pode impactar nos resultados.
Estiagem desafia o maior estado produtor de uva
No Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, a produção deve cair de 750 mil para 600 mil toneladas. A Serra Gaúcha é a região que mais sofre com a estiagem, em cidades como Caxias, Flores da Cunha e Farroupilha. Segundo a Uvibra (União Brasileira da Vitivinicultura), a severidade da estiagem pode impactar, não só esta, mas até três safras seguintes.
Entre as cultivares, a uva americana, utilizada na produção de sucos e vinhos de mesa, é a mais prejudicada. Devido à menor profundidade no solo, suas videiras têm dificuldade de captar água, sendo penalizada pela escassez de chuva.
Avanço na produção de vinhos finos
Se por um lado o produtor enfrenta obstáculos em termos de volume, por outro se surpreende com a qualidade. Uvas mais precoces, como chardonnay e pinot noir, têm apresentado um ótimo potencial para produção de vinhos finos. Dessa forma, a colheita pode contribuir com a imagem do vinho brasileiro no exterior.
Em 2021, por exemplo, as exportações de vinhos cresceram 83,25% em relação a 2020. Também no ano passado, o Brasil se destacou nas premiações internacionais, alcançando o recorde histórico de 414 medalhas.
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Fonte: Jornal do Comércio | Uvibra