O café brasileiro é um produto muito importante para o agronegócio. Com ótimos indicadores no quesito exportação, e qualidade cada vez maior, o café brasileiro tem desempenhado um bom papel no desenvolvimento do país.
Porém, durante o desenvolvimento do cafezal, uma série de pragas e doenças incidem em muitas regiões produtoras. É o caso da ferrugem e do bicho-mineiro, que podem comprometer a produtividade da safra. Tal fato tem exigido maiores intervenções para seu controle com adoção de práticas que sejam verdadeiramente eficientes.
Pragas e doenças do café: prejuízos intensos quando não há o devido manejo
Durante o desenvolvimento do cafezal, o cafeicultor convive com diversas ameaças que podem comprometer a boa produtividade da cultura. Entre essas ameaças, a infestação do bicho-mineiro e a doença decorrente da ferrugem representam grandes preocupações, podendo atacar os cafeeiros a ponto de causar sérias perdas.
O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), por exemplo, é um inseto que pode dar prejuízos em mais de 70% da plantação, dependendo da intensidade da infestação e da desfolha provocada. Trata-se de uma pequena mariposa, cuja as lagartas se desenvolvem nas folhas dos cafeeiros. Altos índices populacionais da praga podem ser observados em regiões mais quentes, como Cerrado, norte de Minas Gerais e Bahia.
Essa praga tem por característica provocar a redução da área fotossintética por meio de abertura de galerias, ou seja, as minas. Estas levam à queda precoce das folhas que, por consequência, afetará diretamente a produtividade da lavoura.
Já a ferrugem (Hemileia vastatrix) é uma doença que tem poder de causar perdas quantitativas e qualitativas intensas, podendo causar redução de até 50% em safras posteriores, caso não seja controlada de maneira correta.
Essa doença se caracteriza pelo aparecimento de pústulas com esporos de coloração amarelo escura a marrom na superfície das folhas, a partir da emergência até o estágio de maturação, provocando desfolha.
Assim, conforme as folhas caem, a planta naturalmente diminui sua taxa fotossintética, perdendo a capacidade de produzir carboidrato e consequentemente de auxiliar no crescimento do cafeeiro.
Melhores estratégias para controle dessas pragas e doenças no cafezal
Saber como realizar o manejo correto do bicho-mineiro e da ferrugem é ação fundamental para preservar a qualidade do cafezal e sua quantidade produtiva.
Neste caso, a adoção de algumas estratégias de manejo são essenciais para a redução dos impactos causados. Para combater o bicho-mineiro, por exemplo, a indicação é aplicar inseticidas foliares quando, no monitoramento, a porcentagem de folhas atacadas nos terços médios e superiores dos cafeeiros estiverem entre 5% e 10% em épocas chuvosas e regiões de baixa ocorrência e de 3 a 5% em épocas secas e regiões mais castigadas pela praga.
Já para o controle da ferrugem, uma série de ferramentas merecem atenção, tais como como o uso de variedades resistentes e uso de fungicidas protetores e sistêmicos aplicados na parte aérea e no solo.
A ideia destas estratégias de manejo é manter a população de pragas e doenças sempre abaixo do nível de dano econômico, exigindo um controle mais efetivo.
Diante destas estratégias, fica claro que a orientação deve se basear em uma ação rápida e precisa, com o controle químico da praga e da doença citadas. Dessa forma o cafeicultor poderá alcançar um maior nível de eficiência produtiva.
Fique atento às novas soluções de controle químico
Além de todas as medidas de monitoramento e controle, outro ponto importante que o agricultor deve estar atento é sempre considerar novas alternativas e soluções que controlam de forma eficiente as pragas e doenças da cultura do café.
Assim, diante dos desafios do cafeicultor, a IHARA, especializada em pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas, lançou recentemente duas ferramentas de manejo: Spirit SC e BOLD, desenvolvidos exclusivamente para a produção agrícola no Brasil.
O Spirit SC é um inseticida e fungicida, de aplicação via solo de alta sistemicidade e longo período residual. Estudos de campo demonstraram que a aplicação de 2,0 l/ha resultou em uma eficiência de 89% dos 7 aos 120 DAA.
Vale salientar que, além de proteger o cafezal contra o bicho-mineiro, o Spirit SC também possui indicação para a ferrugem e a cigarra do café, permitindo flexibilidade e sustentabilidade para que o cafeicultor agregue valor em seu cultivo.
Outra solução tecnológica apresentada pela IHARA é o BOLD, considerado um poderoso inseticida com efeito multipragas para as mais diversas culturas, como a do café.
Seu duplo mecanismo de ação (sistêmico e de contato) e sua grande flexibilidade de aplicação, podendo ser utilizado em qualquer fase da cultura, seja por via aérea ou terrestre, são importantes diferenciais.
Além de apresentar efeito de choque, BOLD apresenta residual, protegendo por mais tempo a planta contra as pragas.