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Saiba mais sobre as influencias dessa cigarra no café e conheça as ações necessárias para seu melhor controle

 

Todos os anos, juntamente com o aparecimento das flores da primavera, regularmente presenciamos a “cantoria” estridente das cigarras. Se para muitos o som desses insetos pode ser agradável e remeter à natureza, para os cafeicultores o sinal de alerta precisa ser acionado.

 

Quando mal manejada, essa praga pode trazer sérios prejuízos à produção de café, resultando em queda de produtividade, diminuição da vida útil das lavouras e até mesmo na morte das plantas, em casos mais severos de infestação.

 

Por isso, o correto monitoramento associado a um eficiente controle são medidas fundamentais para que a cigarra não influencie negativamente na produção cafeeira.

 

Saiba mais sobre as influências dessa cigarra no café e conheça as ações necessárias para seu melhor controle:

 

Origem e ciclo das cigarras na cultura do café

 

Na maioria das vezes, as cigarras que atacam o cafeeiro surgem de áreas de abertura para novos plantios, principalmente em solo de Cerrado ou áreas de floresta. Com isso, a cigarra dispersa das árvores cortadas para as plantas de café, que serão um novo hospedeiro.

 

O aumento da população das cigarras começa com o canto dos machos chamando as fêmeas, seguido pelo acasalamento e com a postura dos ovos nas cascas do tronco do cafeeiro.

 

Após eclodirem, as ninfas descem até a base das plantas, penetram ao solo e se fixam às raízes, iniciando a sucção da seiva elaborada. Ali, as ninfas constroem galerias no solo, ficando alojadas bem próximas das raízes por um período de 1 a 2 anos. Esta fase é denominada como fase de “ninfa móvel”.

 

Após este tempo, quando é chegada a hora da ninfa se transformar em adulto, elas cavam furos até a superfície do solo, saem e se fixam ao tronco por cerca de 2 horas (ninfa imóvel).

 

Terminada essa fase, o inseto troca sua “casca” (processo conhecido como ecdise, na qual ocorre a mudança do exoesqueleto), emergindo então uma cigarra adulta. Aderida ao tronco em que estava fixada, está a exúvia, sua antiga casca. Quando adulto, o inseto apresenta asas, sendo capaz de se dispersar a grandes distâncias e voar em busca de seu parceiro para  o acasalamento.

 

Muitos danos e prejuízos na cafeicultura

 

Há basicamente três espécies de cigarra que atacam os cafezais brasileiros: Quesada gigasFidicinoides sp. e Carineta sp. A espécie Q. gigas é predominante e  é responsável pelos maiores  prejuízos à cafeicultura.

 

Quando não controlada, essa praga pode trazer sérios problemas ao cafeicultor. Os danos ocorrem durante a fase de ninfa móvel do inseto, através da sucção da seiva das raízes das plantas.

 

Em razão da sua alimentação da seiva das raízes, a cigarra pode prejudicar o aproveitamento de água e nutrientes das plantas, resultando muitas vezes em morte das raízes, clorose e queda precoce de folhas e prejuízos na granação dos frutos.

 

Tudo isso resultará em queda de produtividade e diminuição da vida útil das lavouras. Em casos mais severos, o ataque da cigarra pode resultar em definhamento progressivo, ocasionando a morte das plantas.

 

Monitoramento e controle da cigarra-do-cafeeiro: Constantes e bem realizados

 

Mesmo representando um sério problema, nos últimos anos notou-se uma diminuição no ataque das cigarras. A conscientização dos produtores e o trabalho dos técnicos da região que fazem o acompanhamento e recomendam produtos eficientes para o controle do inseto são os fatores que explicam esta redução.

 

Mas, mesmo assim, o combate à praga deve ser feito de maneira consistente e com a cooperação de todos. Se apenas um produtor da região fizer o correto monitoramento e controle e outro não, a eficiência não será tão efetiva.

 

Dessa forma, o monitoramento deve ser feito por talhões. Para isso é preciso observar a:

 

 

Neste monitoramento, deve-se escolher 10 plantas ao acaso, e realizar uma trincheira de um lado das plantas. Em seguida, deve-se retirar e contabilizar as ninfas encontradas. O valor contabilizado é multiplicado por dois, para que represente ambos os lados da planta amostrada. Caso sejam encontradas mais de 35 ninfas móveis por cova, deve-se tomar a decisão pela realização do controle químico.

 

Para o devido controle da cigarra no cafezal, o uso de inseticidas sistêmicos e de contato é a recomendação ideal.

 

Assim, para um controle mais eficiente da cigarras, vale adotar um produto químico com rápido controle de choque e maior residual. Aplicado via solo e com alta sistemicidade, este produto combate a cigarra do café com grande eficiência.

 

Por fim, com este produto, o cafeicultor brasileiro tem à disposição uma tecnologia inovadora, que além de promover um controle altamente eficiente, é uma nova e excelente opção para o manejo de resistência, agregando valor em todo o ciclo produtivo.

 

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No café, o ácaro-da-leprose causa depreciação dos frutos, queda prematura das folhas e frutos, seca de ramos e redução da vida útil da planta.

 

A ocorrência de doenças que reduzem a produtividade vem sendo motivo de muita preocupação em lavouras de café. Esses problemas acometem diferentes partes das plantas e chamam a atenção pela dificuldade de sua caracterização e potencial de causar perdas intensas.

 

A doença conhecida como leprose do cafeeiro se destaca como um dos principais problemas. Essa doença vem rapidamente evoluindo nas diferentes regiões cafeeiras do país.

 

Diretamente atrelada a essa doença, está a incidência do ácaro da leprose, vetor da leprose do cafeeiro. Por essa razão, é preciso que o cafeicultor conheça os principais sintomas e danos decorrentes da ação do ácaro da leprose, e também entender as estratégias para um controle mais eficiente desse artrópode.

 

Leprose do cafeeiro: maior gravidade que a mancha-anular

 

Por muito tempo, a mancha-anular era uma das doenças mais recorrentes em cafezais. Ela é causada por um vírus, cuja transmissão principal ocorre através de um ácaro. O principal sintoma é a presença de anéis cloróticos ou zonas amareladas irregulares ao longo das nervuras e em baixo relevo.

 

A partir de 1991/1992, com crescente incidência de ácaros nos cafezais, foi relatada uma nova sintomatologia, que apresentava maior severidade que a mancha-anular. Trata-se da leprose do cafeeiro, cujo vetor é o ácaro Brevipalpus phoenicis, vulgarmente chamado de ácaro-da-leprose.

 

No café, o ácaro-da-leprose causa depreciação dos frutos, queda prematura das folhas e frutos, seca de ramos e redução da vida útil da planta de modo considerável. Também é responsável por prejudicar a produtividade, devido aos danos causados à estrutura da planta.

 

Ataques mais severos desse ácaro são também frequentemente reportados em períodos de estiagem e com altas temperaturas (pois intensificam a incidência populacional da praga) e uso inadequado e excessivo de acaricidas, gerando a eliminação de inimigos naturais e contribuindo para a ressurgência populacional do ácaro.

 

Sintomas da leprose: lesões em frutos e folhas

 

A leprose do cafeeiro é uma doença que tem se tornado importante nas regiões e, em anos mais secos e quentes, seus sintomas aparecem principalmente nos frutos verdes, na granação e nas folhas.

 

As lesões nos frutos são irregulares e deprimidas, de cor inicialmente marrom bem claro (cor de ferrugem) e depois chegam a quase negras, em função de ataques de fungos sobre a lesão (Colletorichum etc).

 

Em períodos úmidos, podem apresentar uma massa de esporos (brancos) de fungos saprófitas e lesões amareladas nos frutos maduros.

 

Já nas folhas, as lesões se apresentam de duas formas. Podem ocorrer algumas pequenas lesões como pontos amarelados e/ou lesões na forma de anéis amarelados e manchas irregulares acompanhando as nervuras, associadas a necroses claras que aparecem na face inferior das folhas, junto às lesões, sobre a nervura principal.

 

Esse tipo de lesão acelera a desfolha, bastante significativa nas plantas mais atacadas pelos ácaros. O processo de desfolha ocorre de dentro para fora no pé de café. Os ramos finos também apresentam lesões.

 

Diante dessas lesões, os danos mais recorrentes da ação do ácaro da leprose são:

 

 

Também vale destacar que as lesões decorrentes do ácaro podem servir como porta de entrada de microrganismos capazes de afetar a qualidade do café, como os fungos Fusarium spp., Penicillium spp. e Aspergillus spp.

 

Por isso, é extremamente importante ficar muito atento aos sintomas da leprose. Somente assim será possível realizar o controle adequado deste ácaro.

 

O controle deve ocorrer em todas as fases de desenvolvimento do ácaro-da-leprose

 

Recomenda-se o monitoramento dos talhões de café, e caso seja detectado a presença dos ácaros, recomenda-se realizar um eficiente controle do ácaro, que pode ser feito através da utilização de variados acaricidas registrados para a cultura. Sugere-se utilizar produtos que sejam capazes de agir sobre todas as fases do ácaro, ou seja, ovos, larvas, ninfas e adultos).

 

Para melhor controle, o cafeicultor já tem a sua disposição um dos melhores acaricidas do mercado, com ações sobre todas as fases de desenvolvimento do ácaro. Este acaricida tem um mecanismo de ação inovadora e exclusiva que atua na inibição da cadeia de transporte de elétrons no Complexo 2, sendo esse seu principal diferencial, tornando-o ideal para o manejo de resistência.

 

O produto confere ainda rápida ação de choque sobre ácaros, eliminando as pragas por contato e rapidamente baixando sua população na área. Também possui efeito residual prolongado e amplo espectro de ação.

 

Por fim, esse produto possui ação seletiva, portanto não afeta insetos benéficos ou ácaros predadores, capazes de favorecer a cultura. Trazendo assim ainda mais segurança para um bom controle, com maior residual que outros acaricidas.

 

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A praga minadora de folhas tem potencial para devastar a lavoura e causar enormes prejuízos à produção. Saiba mais!

 

A cultura do café está sujeita ao ataque de diversas pragas. Essas variam de acordo com as condições climáticas, sistema de cultivo ou desequilíbrio biológico, mas certamente podem causar danos irreparáveis.

 

Dentre essas pragas, o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é a mais importante. Essa praga minadora de folhas tem potencial de devastar a lavoura e causar enormes prejuízos à produção, principalmente em lavouras jovens e em regiões com altas temperaturas e menor disponibilidade hídrica.

 

Assim, devido a sua ocorrência e ao alto percentual de desfolha do cafeeiro, o controle do bicho-mineiro é uma necessidade recorrente e precisa ser realizado de forma estratégica.

 

Bicho-mineiro: muitos prejuízos se não houver o correto controle

 

O bicho-mineiro é uma praga que apresenta  elevado potencial de reduzir a capacidade produtiva do cafeeiro, caso não seja devidamente controlado. Essa queda de produtividade varia de acordo com a intensidade, duração, idade do cafezal e época de ocorrência.

 

Os ataques provocados pela praga causam redução da área foliar fotossintética, através das minas, e, na maioria das vezes, provoca grande queda de folhas, reduzindo a produtividade. Os danos podem ser ainda mais prejudiciais em plantas mais novas. Já em plantas que se encontram na fase de produção, a infestação tende a ser maior no terço superior, sendo os danos também altamente prejudiciais à cultura.

 

O ataque do bicho-mineiro tende a ser mais agressivo nos períodos mais secos do ano, aumentando a partir de junho e atingindo seu pico em outubro, durante a florada. Os meses de março e abril também podem presenciar aumento do ataque dessa praga, essencialmente quando se verificam veranicos em janeiro ou fevereiro.

 

Dessa forma, diversas pesquisas indicam que a ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a diversos fatores. Entre eles destacam-se:

 

O prejuízo mais imediato do bicho-mineiro é a queda de produção. Resultados de pesquisa da Embrapa  mostraram os danos da praga podem acarretar uma queda de até 67% de folhas do cafeeiro, na época da primeira florada, podendo provocar redução no momento da colheita de aproximadamente 50%.

 

Nas regiões onde há altas infestações do bicho-mineiro, os cafezais tendem a apresentar uma longevidade muito menor, exigindo até dois anos para a recuperação das lavouras seriamente desfolhadas na seca por essa praga.

 

Como controlar o bicho-mineiro?

 

A chave para o controle do bicho-mineiro no cafezal é o constante e eficiente monitoramento. Nesse monitoramento, um técnico deve inspecionar as lavouras constantemente para verificar, por meio de amostragens:

 

 

Também é importante que o técnico esteja bastante atento às áreas com maior risco de infestação. Essa atenção é importante porque o ciclo da praga pode encurtar, fazendo com que a infestação aumente rapidamente.

 

Nesse cenário, conhecer o histórico da área e estar sempre atento as condições climáticas são essenciais, permitindo a realização do monitoramento e controle na época adequada.

 

Controle químico do bicho-mineiro e a eficiência dos inseticidas de solo

 

O controle químico do bicho-mineiro é bastante viável do ponto de vista econômico, sendo por isso o principal método para controle dessa praga. Porém, é imprescindível que se conheça o clima da região, além da época em que esse método de controle deve ser iniciado.

 

Além disso, o controle químico dessa praga costuma ser realizado por meio da aplicação de inseticidas sistêmicos granulados no solo e/ou inseticidas em pulverização, sendo a primeira possibilidade a mais adotada e que apresenta maior eficiência.

 

Esse grupo de inseticidas é recomendado para regiões cujo clima é favorável ao bicho-mineiro. Nessas regiões, o cafeicultor deve investir no controle preventivo da praga no período chuvoso, ocasião em que a infestação do bicho-mineiro é muito baixa.

 

Aplicações complementares, como no período chuvoso anterior, são também muito importantes e quase sempre necessárias para regiões mais quentes. Elas visam prevenir o pico populacional do bicho-mineiro de abril/maio, mantendo a infestação mais baixa e impedindo que ocorra uma “explosão” no período seco do ano, cujo pico populacional ocorreria em setembro/outubro.

 

Inovações no controle do bicho-mineiro

 

O mercado de controle de pragas do café tem crescido bastante nos últimos anos, com muitas pesquisas e inovações técnicas que ajudam o cafeicultor a não perder o controle de todo tipo de praga.

 

Essas inovações também chegaram aos inseticidas para controlar o bicho-mineiro, principalmente com o desenvolvimento de um inseticida único capaz de controlar o bicho-mineiro com grande eficácia.

 

O inseticida SPIRIT SC desembarcou recentemente no Brasil e quando aplicado no solo, pela  alta sistemicidade que apresenta, controla o bicho-mineiro de maneira efetiva, além de apresentar maior residual.

 

Com esse produto, o cafeicultor terá à disposição uma moderna tecnologia, que, além de promover o controle da praga, é uma nova opção para o manejo de resistência, agregando valor em todo o ciclo produtivo desta cultura.

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As principais doenças da batata causadas por fungos são a requeima e a mancha de alternaria, que podem causar grandes perdas na cultura. Saiba como impedir

 

A rápida disseminação e o alto potencial destrutivo fazem da requeima e da mancha de alternaria as doenças mais importante e agressivas na cultura da batata. Se não controladas, essas doenças causam danos que podem resultar na perda total em poucos dias.

 

Algumas condições climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento dessas doenças. Mas, independentemente disso, se não forem tomadas medidas efetivas de controle, o rápido crescimento dos fungos e a destruição total da cultura podem ser consequências nada agradáveis.

 

Saiba mais sobre esses fungos que se alojam na batata e veja quais são as medidas de controle mais efetivas para manter a produtividade deste hortifrúti.

 

Doenças mais recorrentes na batata: requeima e mancha de alternaria

 

O Brasil é um dos grandes produtores de batata. De acordo com a Associação Brasileira da Batata, a produção do hortifrúti no país varia entre 3 milhões e 3,5 milhões de toneladas em uma área de cerca de 130 mil hectares.

 

Porém, se não houver o devido controle e manejo, duas doenças fúngicas podem comprometer seriamente a cultura: requeima (Phytophthora infestans) e mancha de alternaria (Alternaria solani).

 

A associação de alguns fatores contribui com o potencial destrutivo desses fungos a ponto de facilitar o aparecimento de epidemias bastante severas para as condições brasileiras de cultivo.

 

Esses fatores incluem: plantio massivo de cultivares e/ou híbridos suscetíveis; existência de condições climáticas favoráveis; presença de inóculo o ano todo; alta capacidade de esporulação; e período de incubação relativamente curto.

 

Requeima (Phytophthora infestans)

 

Na cultura da batata, a requeima é a principal doença fúngica em todo o mundo. Em condições favoráveis (temperaturas amenas e alta umidade) a doença pode simplesmente causar destruição da lavoura em  pouco tempo.

 

O ciclo da doença é de 5 a 7 dias, de acordo com a condição climática. Porém, quando se detectam os primeiros sintomas nas plantas, a requeima já causou prejuízos à produção.

 

A requeima é favorecida por períodos de temperaturas de baixas a amenas (12 ºC a 22 °C) e alta umidade. Seus esporângios germinam diretamente, quando as temperaturas variam de 18 ºC a 25°C, ou produzem zoósporos biflagelados, quando se encontram entre 12 ºC e 16 ºC.

 

Nessas condições, cada esporângio tem potencial de originar em média 8 zoósporos, o que aumenta de forma significativa a quantidade de inóculo e, consequentemente, a severidade e o potencial destrutivo da doença.

 

A disseminação da requeima ocorre principalmente por meio de sementes infectadas. Além disso, a ação de ventos, água de chuva ou de irrigação e a circulação de equipamentos são fatores que elevam a disseminação desse fungo.

 

Mancha de alternaria  (Alternaria solani)

 

Assim como a requeima, a mancha de alternaria, também conhecida como pinta-preta, é causada por um fungo que provoca sérios danos às folhas, reduzindo o vigor e o potencial produtivo, comprometendo toda a produtividade.

 

O fungo Alternaria é favorecido pelo calor (temperatura > 24 ºC), além de alta umidade relativa do ar (> 90%). Mas, diferentemente da requeima, a alternaria ataca primeiramente as folhas mais velhas, causando lesões concêntricas e mais secas e pode provocar desfolha total das plantas, reduzindo o ciclo da cultura, resultando na produção de tubérculos pequenos (baixa produtividade).

 

Nas folhas, os sintomas são caracterizados por manchas foliares necróticas, marrom-escuras a negras. Há ainda a presença de anéis concêntricos, bordos definidos, podendo ou não apresentar um halo amarelado ao redor das mesmas.

 

Os sintomas em tubérculos de batata são caracterizados por lesões escuras, deprimidas, com formato circular ou irregular.

 

Uso de fungicidas: controle sinérgico das doenças na cultura da batata

 

O alto potencial destrutivo da requeima e da pinta-preta nas culturas de batata tornam obrigatória a adoção de medidas de controle, com o objetivo de garantir a sanidade e a sustentabilidade da cultura.

 

Nesse sentido, a forma de controle mais eficaz requer a combinação de medidas sanitárias, uso de cultivares resistentes e principalmente a aplicação de fungicidas.

 

Na cultura da batata, os fungicidas desempenham um papel decisivo no controle da requeima e mancha de alternaria. Essa forma de controle químico visa prevenir e/ou reduzir a ocorrência dessas doenças em campo.

 

Para isso, é necessário que se conheça detalhadamente o potencial de controle desses produtos, para que possam alcançar os melhores níveis de controle, em programas de aplicação ou sistema de previsão de doenças.

 

Para este controle há excelente produto como alternativa efetiva para o combate à requeima e à alternaria na cultura da batata. O grande diferencial desse fungicida está na sua alta adesividade na planta e no duplo mecanismo de ação, atuando de forma sistêmica e de contato.

 

Além do mais, esse produto pode ser aplicado em qualquer fase da plantação da batata, oferecendo alta proteção, um risco de resistência baixo e um maior período de ação na planta.

 

Por fim, o produto oferece efeito sinérgico ativos combinados de ação múltipla, permitindo proteção e controle em qualquer fase do ciclo da cultura, inclusive em condições favoráveis às doenças, evitando assim perdas na produção.

Dentre as diversas pragas da cana, a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) é uma da mais importantes, prejudicando seriamente a produtividade da cultura

 

Elevar a produtividade. Esse é o objetivo de 10 entre 10 participantes do setor sucroenergético. E os números mostram que estamos no caminho certo. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), na safra 2019/2020, a produção nacional foi de 642 milhões de toneladas de cana.

 

Entretanto, para atingir essa produtividade a preocupação com o controle de pragas da cana-de-açúcar é fundamental. E, dentre as diversas pragas da cana, a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) é uma da mais importantes, prejudicando seriamente a produtividade da cultura.

 

O nome da praga está ligado ao seu hábito alimentar: quando jovens, se alimentam das raízes e radicelas das plantas de cana; entretanto, os danos são causados tanto pelas ninfas (formas jovens) quanto pelas formas adultas.

 

A espécie apresenta maior incidência em cana soca (onde tende a causar maiores danos). Porém, em regiões com alta pressão populacional ou em áreas próximas às pastagens, é possível encontrar a espécie até mesmo em cana planta.

 

A praga tem grande ocorrência nas regiões do Centro-Sul, caso do estado de São Paulo, e na região Nordeste do Brasil.

 

Quando presente na cultura, essa praga provoca perdas que variam de 25% a 60% na produtividade da cana soca e 11% na cana planta. Por isso, é essencial que o setor adote medidas de controle e combate a essa praga na cultura.

 

A colheita mecanizada fez a população de cigarrinhas aumentar

 

A mudança do sistema de colheita manual da cana queimada para a colheita da cana crua, mediante a mecanização, se caracteriza por manter uma camada densa de palhada na área agrícola. Tal consequência gera um microclima ideal para o desenvolvimento da cigarrinha.

 

Assim, desde início da colheita mecanizada na década de 1990, essa praga é, a cada nova safra, motivo de grande preocupação, principalmente em virtude das significativas reduções na produtividade da cana, redução dos rendimentos industriais e perda na qualidade do produto final, o açúcar.

 

Ciclo de vida da cigarrinha e a alta influência do clima

 

O ciclo biológico da cigarrinha-das-raízes apresenta duração média de 60 dias, podendo chegar a até 80 dias. Isso possibilita a presença de cerca de três gerações da praga a cada safra da cana.

 

Nesse período, a fêmea gera, em média, 340 ovos nas bainhas secas ou sobre o solo, próximo ao colmo da planta. Na sua forma jovem (forma ninfal) as cigarrinhas fixam-se nas raízes, onde sugam a seiva.

 

Essa espécie de cigarrinha tem sua população elevada em períodos mais úmidos do ano. Por isso, o clima é um dos fatores que exercem grande influência na dinâmica populacional da praga, com início da eclosão dos ovos durante a estação chuvosa.

 

Estratégias de manejo da cigarrinha-das-raízes

 

Como já foi citado, a cigarrinha-das-raízes é um sério problema em algumas regiões do Centro-Sul e Nordeste, principalmente onde a maioria da cana já é colhida mecanicamente e crua. Assim, a estratégia de controle da praga deve ser muito bem planejada.

 

O manejo do inseto deve iniciar-se com um eficiente monitoramento da praga. Isso deverá ser realizado no início do período chuvoso e seguir durante todo o período de infestação, para que se possa acompanhar a evolução ou o controle da praga.

 

O nível de dano econômico (NDE) da cigarrinha é de 20 ninfas/metro linear de sulco e 1 adulto/cana. Já o nível de controle (NC) é de duas a quatro ninfas/metro linear e 0,5 a 0,75 adulto/cana.

 

Para grandes áreas, o controle químico, via uso de inseticidas, é o mais adotado, devido à sua boa eficiência. Porém, hoje em dia, com os produtos atuais, há áreas que exigem duas ou até três aplicações, devido ao aumento da resistência da população de cigarrinhas a estes inseticidas.

 

Dessa forma, para manter a produtividade da cana-de-açúcar e fugir da resistência em certas áreas é muito importante que novas moléculas sejam introduzidas para melhor controlar a cigarrinha e reduzir o risco de evolução da resistência nas populações. E é isso que aconteceu recentemente, como veremos a seguir.

 

Nova estratégia de controle da cigarrinha-das-raízes

 

Com o objetivo de acompanhar as demandas do campo, acaba de chegar ao Brasil um novo produto, desenvolvido com base na molécula inseticida inédita e exclusiva para o combate à cigarrinha da cana-de-açúcar.

 

Este inseticida permite que o produtor de cana atinja um novo patamar de produtividade da sua lavoura, além de elevar a produção total de açúcar/ha, como foi comprovado por diversos estudos comparativos.

 

Este excelente produto de controle da cigarrinha apresenta ainda maior efeito de choque e maior residual para o controle de todas as fases da cigarrinha na cana-de-açúcar.

 

Recomenda-se aplicar este produto durante a fase da cultura com maior potencial de ocorrência e dano da praga, que pode ser entre a fase de brotação até a fase de crescimento dos colmos. Além disso, o produtor deve realizar no máximo 1 aplicação por ciclo da cultura.

Estudos práticos indicam que o controle dessa praga deve ocorrer durante a evolução da soja antes mesmo do período de floração desta planta. Saiba mais!

 

O percevejo-marrom se destaca como uma das principais pragas da soja no Brasil. Trata-se de um inseto sugador que ataca diretamente os grãos da soja.

 

Por se alimentar dos grãos, a praga afeta seriamente o rendimento e a qualidade da produção da lavoura. Mas, além de trazer prejuízos no campo, essa praga pode também acarretar perdas durante a armazenagem, prejudicando a massa de grãos armazenada.

 

Em razão dos danos causados pelo percevejo-marrom, seu manejo é um dos maiores desafios para produtores brasileiros. Assim, estudos práticos indicam que o controle da praga deve ocorrer durante a evolução da soja, antes mesmo do período de floração da planta, configura-se como uma das estratégias mais eficientes.

 

O que é o percevejo-marrom e qual seu potencial de dano na soja?

 

Os percevejos pertencem à ordem Hemíptera. São insetos que apresentam aparelho bucal sugador, sendo capazes de se alimentarem da seiva das plantas, atacando diretamente os grãos de soja.

 

Entre as espécies de percevejos-pragas da cultura da soja, quatro merecem destaque: percevejo-verde (Nezara viridula), percevejo-marrom (Euschistus heros), percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus) e percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii).

 

Dentre essas espécies, o percevejo-marrom é aquele que possui maior importância e incidência nas lavouras, especialmente em regiões mais quentes, onde pode causar severos danos.

 

Além disso, mais de 50 estudos indicam que o dano estimado do percevejo na produtividade será bastante alto, mostrando uma perda de aproximadamente 75 kg de soja para a densidade de um percevejo/m², ou seja, de dez mil percevejos por hectare.

 

Identificação do percevejo na soja

 

Para melhor identificação do percevejo-marrom na soja, é preciso saber reconhecer suas fases, sendo essa etapa fundamental para definir o nível de infestação e o momento de controle.

 

Os ovos dessa espécie apresentam coloração amarela, formato de barril, sendo geralmente depositados em pequenas colônias de 8 a 15 ovos sobre as folhas ou vagens da soja. Quando estão próximos da eclosão das ninfas, os ovos apresentam uma coloração mais rosada.

 

Essas ninfas recém-eclodidas medem pouco mais de 1 mm e têm o corpo alaranjado, com a cabeça preta. Apresentam hábito gregário (estratégia protetora em que as ninfas se agrupam em populações mais ou menos estruturadas, permanentes ou temporárias, visando a proteção dos indivíduos que a compõem) e permanecem sobre os ovos até passar para o segundo ínstar. As ninfas maiores (terceiro ao quinto ínstar) apresentam coloração que pode variar de cinza a marrom e é nesse momento que começam a causar danos à planta.

 

Já na fase adulta, o percevejo-marrom apresenta coloração marrom-escura por todo o corpo. Também apresenta dois característicos prolongamentos laterais do pronoto, em forma de espinhos e uma meia-lua branca no final do escutelo, sendo essas as características mais marcantes para identificação da espécie.

 

Monitoramento e controle do percevejo-marrom

 

Assim como ocorre com a maioria das pragas infestantes da soja, a identificação dos percevejos é parte importante para definir o nível de infestação e principalmente o momento ideal para iniciar o controle.

 

Dessa forma, o monitoramento torna-se fundamental pois, diferentemente dos fungicidas, mais efetivos preventivamente, a aplicação preventiva de inseticidas pode resultar em baixa eficiência de controle e elevação dos custos, além de outros prejuízos ambientais e de manejo.

 

A definição da quantidade de percevejos é feita com auxílio do pano-de-batida, que consiste em retirar amostragens da área a fim de definir o momento da intervenção.

 

Vale reforçar também que o percevejo-marrom inicia sua colonização na cultura da soja em meados ou final do período vegetativo da cultura (Vn), ou durante a floração (R1 a R2). Na floração os percevejos estão saindo da diapausa ou de hospedeiros alternativos, iniciando o aumento da população.

 

Por essa razão, a recomendação é que o monitoramento tenha início ainda na fase vegetativa, possibilitando antecipação de aplicação do controle químico.

 

Controle químico: estratégia mais eficaz para o controle do percevejo

 

Para o controle da população de percevejos, a utilização de produtos químicos é a mais eficiente desde que haja o correto monitoramento da praga e a aplicação do produto químico no momento correto, mantendo assim a população de percevejo sempre baixa.

 

O gráfico abaixo (elaborado por Azevedo, Embrapa) mostra a importância de manter o nível populacional sempre baixo. Considerando uma aplicação para controlar 10 percevejos, onde sobram 2 percevejos (80% de controle), reflete numa perda de 38 kg/ha/dia (mais de meio saco de soja por dia).

 

Fonte: Ihara, elaborado por Azevedo, Embrapa

 

Dessa forma, para combater o percevejo-marrom de forma mais eficaz, a utilização de inseticidas é essencial. Esses inseticidas podem controlar a população de percevejo assim que for observado o início de infestação de adultos, como monitoramento realizado com pano-de-batida.

 

Após monitoramento, o primeiro produto sugerido tem um efeito de choque e residual únicos contra percevejo na soja. Os insetos morrem mais rapidamente e em maior quantidade, com os efeitos do produto permanecendo ativos nas lavouras por até 14 dias, dependendo das condições ambientais.

 

Esse produto apresenta eficácia incomparável contra o percevejo-marrom, controlando com a mesma eficiência a população de adultos e de ninfas.

 

Outro excelente produto no combate ao percevejo-marrom, também apresenta efeito de choque e bom efeito residual, e pode ser utilizado também na florada da soja e com ótima flexibilidade de aplicação, pois também permite aplicação terrestre e aérea com a mesma eficiência.

Essa é uma prática altamente recomendada, pois auxilia no melhor estabelecimento da população de plantas na lavoura. Saiba mais!

Cerca de 90% das culturas utilizadas para alimentação – animal ou humana – têm como mecanismo de propagação as sementes. Porém, elas podem ser severamente atacadas por patógenos presentes no solo ou até mesmo disseminar doenças devido a contaminações antes do seu plantio.

 

Uma das formas para reduzir o ataque desses patógenos é o tratamento das sementes com fungicidas. A prática altamente recomendada, pois auxilia no melhor estabelecimento da população de plantas na lavoura.

 

Para manejar a presença de doenças na lavoura de soja, tanto via sementes de soja ou no solo, recomenda-se a utilização de um tratamento de sementes específico, capaz também de auxiliar no manejo de nematoides no solo.

 

Veja então qual é a importância em ter uma semente-fungicida que, ao mesmo tempo, proteje a lavoura contra doenças disseminadas pelas sementes e faz o combate de nematoides do solo.

 

Tratamento de sementes com fungicidas melhora a emergência das plantas

 

Na cultura da soja, as sementes podem ser severamente atacadas por patógenos no solo ou disseminar doenças. Falhas de estande da lavoura podem acarretar reduções significativas de produtividade.

 

Para reduzir tais impactos, o tratamento de sementes com fungicidas vem sendo uma prática amplamente recomendada, pois proporciona melhor estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos importantes que porventura estejam presentes nas sementes ou no solo.

 

O tratamento de sementes com fungicidas garante ainda maior arranque e vigor das plantas, refletindo diretamente na produtividade da lavoura.

 

Nematoides: outra praga que pode ser controlada pelo tratamento das sementes

 

Conhecidos como a praga invisível da soja, os nematoides causam perdas anuais que passam de 10% da soja mundial. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que os nematoides causam hoje prejuízos de até R$ 16,2 bilhões por ano aos sojicultores.

 

Segundo a Embrapa, existem em torno de 100 espécies de nematoides em todo o planeta com presença direta nas culturas de soja. Dessas, a Embrapa indica que há quatro que se destacam com maior incidência nas lavouras brasileiras:

 

 

A importância dessas espécies no país deve-se a vários aspectos, como a presença endêmica em diversas regiões produtoras, elevada variabilidade genética e potenciais riscos de danos decorrentes do incremento de áreas cultivadas com espécies de plantas suscetíveis.

 

Por isso, além das doenças do solo e das sementes anteriormente citadas, o controle dos nematoides é outra preocupação recorrente dos sojicultores brasileiros. Nesse cenário, o tratamento de sementes com fungicidas, que apresentam também a capacidade de controlar nematoides, é uma possibilidade bastante interessante para o agricultor.

 

Essa é a ideia de um produto completo. O produto se baseia no tratamento de sementes, específico para as lavouras de soja do país, mas ele tem também grande potencial de controlar a população de nematoides no solo das áreas de soja.

 

Essa solução é pioneira e tem registro em nematoides na soja e no milho. Conta também com a exclusiva tecnologia UHPS (Ultra High Performance Sticker) em sua formulação. Essa inovação proporciona uma melhor aderência à semente, proporcionando maior proteção à lavagem pela chuva.

 

Maior comodidade e economia ao agricultor durante o manejo da soja

 

Esse produto inovador representa maior comodidade para o agricultor durante seu manejo, já que oferece um controle simultâneo das principais doenças de solo e contribui no manejo de nematoides da soja.

 

Conhecido como um fungicida sistêmico e de contato, o produto apresenta amplo espectro de ação. Possui em uma única formulação dois modos de ação. Unidos, proporcionam maior vigor, arranque das plantas, desenvolvimento e garante o estabelecimento inicial da lavoura. O produto proporciona as seguintes vantagens:

 

Conhecer a relação entre o clima e o controle de pragas a cada nova safra de soja é fundamental para melhor tomada de decisões.

 

As condições climáticas são fatores que desempenham importante papel na incidência de pragas na soja. Assim, fatores como radiação, temperatura, umidade, luz, vento e fenômenos climáticos influenciam na população e, consequentemente, no controle das pragas.

 

Dessa forma, conhecer a relação entre o clima e o controle de pragas a cada nova safra de soja é fundamental para melhor tomada de decisões, permitindo que o agricultor possa alcançar maior eficiência no controle de pragas na soja.

 

Assim, a seguinte questão é colocada à prova: qual será o comportamento do clima na próxima safra de soja e como ele influenciará na população de pragas e uso de defensivos?

 

Soja: cultura com alta dependência de condições climáticas

 

A soja é uma cultura de sequeiro e, no Brasil, seu plantio ocorre em grande parte na região tropical. Por essa razão Paulo Etchichury, meteorologista e sócio-diretor da Somar Meteorologia, explica que essa cultura tem uma dependência direta das condições climáticas.

 

“Fatores como a chuva, a temperatura e a radiação são logicamente os fatores climáticos mais dependentes da soja e precisam ser amplamente considerados”, explica. O meteorologista afirma também que os riscos climáticos para a lavoura de soja variam de acordo com a região onde foi plantada.

 

Para as lavouras dos estados do Sul do Brasil (RS, SC e PR) e também Mato Grosso do Sul, o principal risco para a produção, segundo Etchichury, está associado com a falta de chuva.

 

“Nesses estados no verão, período do ciclo da lavoura, chove pouco e é muito comum períodos secos e estiagens regionalizadas, que comprometem e por vezes até limitam a produção (quebra de safra)”, informa.

 

Ele explica que o risco de maior de escassez de chuvas ocorre em anos de La Niña. Nos anos neutros (sem El Niño e nem La Niña) ocorrem estiagens regionalizadas, alternando com períodos de chuva. Já o melhor cenário ocorre em anos de El Niño, quando chove mais no verão e reduz o risco de estiagens/secas severas.

 

No caso das lavouras do Centro-Oeste e Sudeste, onde o verão é mais chuvoso, o meteorologista indica que o risco para a lavoura de soja está mais associado a períodos mais chuvosos e, portanto, redução de luminosidade/radiação solar é menor. “Este cenário potencializa o surgimento de doenças e pragas na lavoura”, completa Paulo Etchichury.

 

Já as lavouras do Nordeste, essencialmente na região do Matopiba, convivem com os riscos tanto de falta de chuva (seco), como de excesso (chuvoso). “Essa variação das condições climáticas de um ano para outro, está associado a condição de El Niño (mais seco) e La Niña (mais chuvoso)”, complementa o meteorologista da Somar.

 

A próxima safra de soja pode sofrer influência do fenômeno “La Niña”

 

Nos últimos dias, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos atualizou sua projeção para o clima e admitiu que existe a possibilidade de La Niña no verão de 2021.

 

Essa projeção é compartilhada pela Somar Meteorologia. Segundo o diretor da Somar neste momento já se observa o início de uma fase de águas frias sobre o oceano Pacífico equatorial, que passou apresentar anomalias negativas da temperatura superficial tanto na parte leste como na parte central.

 

“De imediato esse cenário contribui para reduzir a incidência de chuvas no inverno e na primavera no Sul do Brasil, o que favorece as culturas de inverno (trigo e cevada) mas nesse período não afeta em nada a lavoura de soja”, explica.

 

Porém, segundo previsões da NOAA, essa fase de águas frias deve continuar ao longo de todo o segundo semestre, mas não deverá ser intensa. Inclusive, para o início de 2021 há indicação de transição para a neutralidade, embora ainda em fase negativa. “Com isso, ainda não podemos definir se teremos condições de resfriamento suficientes para garantir a configuração do fenômeno La Niña”, salienta o meteorologista.

 

Mesmo assim, independentemente da configuração do La Niña, Etchichury diz ser muito provável que a próxima safra de soja, 2020/2021, ocorra sob condições de um Pacífico neutro, mas ainda na fase fria.

 

Essa condição de modo geral favorece as lavouras do Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, onde o plantio não deve atrasar, com as chuvas retornando gradualmente entre outubro e novembro.

 

Enquanto para as lavouras do Sul, o enfraquecimento ou não instalação do La Niña, sem dúvida será um fator de favorecimento, pois reduz o risco de seca severa, porém não elimina o risco de períodos (10 a 15 dias) de estiagens regionalizadas.

 

“Para reduzir esse risco, o produtor deve ficar bastante atento na hora de definir o ciclo da variedade a ser plantada”, completa o sócio-diretor da Somar.

 

Mas e se o La Niña se confirmar?

 

Como vimos, a expectativa atual é de que teremos um La Niña enfraquecido ou até caminhando para a neutralidade. Mas e caso as tendências não se confirmem e o La Niña cause alterações mais extremas no clima?

 

Nesse caso, podemos esperar secas mais severas, essencialmente na região Sul, grande produtora de soja do país, e esse cenário pode favorecer algumas doenças de soja, nematoides e podridão cinza da raiz. Por outro lado, doenças diretamente relacionadas com alta umidade, como a ferrugem, não deverão apresentar altas incidência e/ou severidade.

 

Dessa forma, em caso de secas mais severas, o agricultor certamente terá dificuldades em realizar o manejo e controle químico das pragas.

 

O exemplo do controle de percevejos em soja é o mais comum nesse caso. Para controle do percevejo as estratégias mais comuns são a de contaminação tarsal (por caminhamento) ou pelo efeito de contato, se uma gota cair sobre os percevejos.

 

Quando o percevejo está na parte superior das plantas, irá receber uma quantidade maior de choque, sendo melhor controlado. Porém, em épocas de baixa umidade a praga tende a ficar menos exposta, dificultando o controle.

 

Dessa forma, sabendo-se que algumas doenças de soja podem ser favorecidas por períodos de seca, algumas medidas são recomendadas para diminuir eventuais prejuízos em anos de La Niña, tais como:

 

É preciso estar atento!

 

O produtor deve trabalhar muito em conjunto com as previsões climáticas de forma constante e, caso sejam previstos efeitos climáticos severos, deve planejar ações preventivas para proteger sua lavoura.

 

Luiz Tupich, Consultor de Desenvolvimento de Mercado na Ihara, alerta: “Em anos com menor pluviosidade, a tendência é de que doenças foliares tenham menor incidência, entretanto, não o suficiente para que o manejo seja descartado. Nos últimos anos, o efeito de doenças sobre a cultura da soja se mostra mais visível pela desfolha nos estádios reprodutivos de desenvolvimento da cultura.”

 

E acrescenta: “O manejo de doenças deve ser iniciado desde o tratamento de sementes, se estendendo pelo período vegetativo para proteger o potencial produtivo. A ferrugem asiática, doenças de final de ciclo, mancha-alvo e outras doenças como antracnose e oídio afetarão a produtividade da soja independentemente do clima, portanto, o manejo correto de doenças tem papel fundamental para maior rendimento em produtividade.

 

O sucesso do manejo fitossanitário na cultura da soja depende da correta utilização de diferentes ferramentas, desde a escolha da variedade a ser cultivada, adubação até escolha dos produtos indicados para o manejo químico de plantas daninhas, pragas e doenças.

Quando não controlado, o capim-amargoso pode causar perdas que passam de mais da metade de toda a safra

 

A presença de plantas daninhas na soja é uma das principais dores de cabeça para agricultores. Dentre essas plantas daninhas o capim-amargoso tira o sono de muita gente, pois tem grande capacidade de matocompetição com a soja, ocasionando grandes prejuízos à produtividade.

 

Quando não controlado, o capim-amargoso pode causar perdas que passam de mais da metade de toda a safra, principalmente quando ocorre a partir do estágio inicial de desenvolvimento da cultura, resultando em sérios impactos econômicos. Há ainda o grave problema de resistência dessa planta daninha a alguns herbicidas, como é o caso do glifosato.

 

Por isso, é preciso conhecer as principais características do capim-amargoso e quais devem ser as estratégias mais eficazes para controlar essa planta daninha na soja, deixando ela longe da cultura.

 

Capim-amargoso: uma das plantas daninhas de mais difícil controle

 

Considerado por muitos produtores como uma das plantas daninhas mais difíceis de se controlar, o capim-amargoso (Digitaria insularis) apresenta ciclo perene, com seu ciclo de vida podendo durar mais de 2 anos. Essa planta se reproduz através de sementes e produz estruturas de reserva subterrâneas (rizomas), além de formar touceiras.

 

O capim-amargoso é adaptado a quase todo o território nacional, infestando a maioria dos cultivos de grãos do Brasil. Estima-se que, atualmente, exista a infestação corresponda a 8,2 milhões de hectares em nosso país.

 

Sua ampla dispersão está associada principalmente à elevada capacidade de produzir grande quantidade de sementes (em torno de 60 mil sementes por inflorescência) que são facilmente disseminadas pelo vento durante todo o ano.

 

Além disso, o capim-amargoso possui metabolismo fotossintético do tipo C4, indicando alta eficiência na produção de biomassa em condições de temperaturas elevadas. Pode também produzir aleloquímicos (que gera alelopatia), abrigar pragas (como os percevejos) e doenças.

 

Essa planta daninha é também bastante agressiva na competição com a cultura de interesse, interferindo na produtividade agrícola das culturas.

 

Temos um sério problema da resistência do capim-amargoso ao glifosato no Brasil

 

Além de sua grande capacidade de competição com a planta da soja, o capim-amargoso também vem sendo motivo de muita preocupação em razão da resistência a herbicidas, como o glifosato.

 

O primeiro caso de capim-amargoso resistente ao glifosato foi identificado no estado do Paraná, na safra 2007/2008 e a dispersão dessas populações foi tão grande que, em 2016, 87% das populações coletadas à beira de rodovias nos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás apresentaram resistência ao glifosato.

 

Dessa forma, como alternativa ao glifosato, o controle químico do capim-amargoso com graminicidas vem sendo uma estratégia interessante, com a aplicação ocorrendo nas fases de pré e pós-emergência.

 

Na fase pré-emergente, os mecanismos de ação que controlam com eficiência esta planta daninha são responsáveis pela inibição da divisão celular, do PSII, da síntese de carotenoides, da ALS e os inibidores da Protox.

 

No controle realizado na fase pós-emergência, os principais herbicidas alternativos ao glifosato pertencem ao grupo dos inibidores da ACCase, da glutamina sintetase (GS) e dos inibidores do PSI.

 

Nova solução contra a resistência do capim-amargoso na soja

 

Para oferecer uma eficiente alternativa ao aumento da resistência do capim-amargoso presente na soja a alguns grupos de herbicidas, muitas estratégias ponderam a adoção de um graminicida altamente seletivo que tem como ingrediente ativo a Quizalofope-P-etílico.

 

Este produto é capaz de controlar uma grande diversidade de plantas infestantes na soja, dentre elas o capim-amargoso, o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e o milho voluntário (Zea mays).

 

Este herbicida pertence à classe química de herbicidas inibidores de ACCase. Assim, uma vez aplicado, o produto é rapidamente absorvido pelas folhas e translocado para os pontos de crescimento das plantas.

 

Sua ação se dá através do bloqueio da atividade das enzimas Acetil-Coa Carboxilase (ACCase) e comprometem a atividade das membranas celulares, consequentemente afetando o crescimento dessa planta daninha.

 

Por fim, como vantagens centrais, ele ainda permite:

 

 

Este produto também é registrado para uso na dessecação antes da semeadura de soja, fato esse que facilita de forma significativa todo o manejo.

Maturadores são produtos químicos responsáveis pela indução do amadurecimento de plantas, causando, assim, a translocação e o armazenamento dos açúcares na cana-de-açúcar

 

O custo de produção e da venda do açúcar, álcool e derivados da cana-de-açúcar estão fortemente relacionados com a quantidade de açúcares presentes nos colmos no momento em que é realizada a operação de colheita, sendo esse processo conhecido como maturação.

 

Porém há algumas vantagens econômicas em iniciar a colheita da cana-de-açúcar de forma antecipada, ou seja, antes da planta atingir o pico de maturação. Da mesma forma, prolongar a safra para realizar a colheita mais tarde pode ser uma necessidade.

 

Nessas situações o ideal será estimular o acúmulo antecipado de sacarose ou manter elevados os teores de açúcar no momento da colheita. Por isso, o uso do maturador da cana-de-açúcar torna-se essencial, pois ele deixa os teores de açúcares mais ideais no momento da colheita.

 

Portanto, estes maturadores precisam ser utilizados da forma mais assertiva possível, permitindo um acúmulo suficiente de sacarose sem comprometer a produtividade.

 

O que define o processo de maturação da cana-de-açúcar?

 

A maturação da cana-de-açúcar é um processo natural que ocorre quando a planta sofre uma espécie de estresse, reduzindo a síntese de hormônios para crescimento e reequilibrando seu metabolismo para que os fotoassimilados sejam direcionados no acúmulo de sacarose.

 

Para que esse processo ocorra, a planta continua fazendo fotossíntese, ou seja, precisará de luz em quantidade elevada e nutrição equilibrada. Entretanto, na maturação, há redução da umidade e da temperatura.

 

No caso da umidade, o menor volume de água ativará a redução da síntese hormonal de crescimento, estimulando a produção de sacarose. Já a redução da temperatura ajudará com o processo de cessar o crescimento e aumentar o acúmulo de sacarose.

 

Entretanto, alguns desses fatores podem não acontecer, ou seja, a queda de temperatura não foi tão intensa, a redução das precipitações não ocorreu ou o volume de nutrientes não estava adequado e tudo isso será determinante para contribuir com o não processo natural de maturação.

 

Para resolver isto e induzir a planta a entrar em seu estágio de maturação ideal são utilizados os maturadores da cana-de-açúcar, cuja função é antecipar o acúmulo de açúcares nos colmos da cana ou contribuir com a manutenção da sacarose acumulada em razão de fatores climáticos.

 

Quando e porque usar o maturador da cana-de-açúcar?

 

Maturadores são produtos químicos responsáveis pela indução do amadurecimento de plantas, causando, assim, a translocação e o armazenamento dos açúcares na cana-de-açúcar, elevando, por consequência, os níveis de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis).

 

Os maturadores agem para alterar a morfologia e a fisiologia da planta, podendo levar a modificações qualitativas e quantitativas na produção. Eles podem atuar de duas formas:

 

 

O uso destes produtos deve ser muito bem planejado, já que seu período de efeito varia entre 20 a 60 dias, dependendo da variedade, tipo de produto e época de aplicação. Além disso, a definição da época de utilização dos maturadores também exercerá influência na planta:

 

Maturadores: transformando energia de crescimento em sacarose

 

Para promover um teor ideal de sacarose da planta no momento da colheita, boa parte das usinas estão utilizando um maturador muito poderoso que transforma a energia de crescimento em sacarose de maneira rápida, flexível e bastante eficaz. Este maturador apresenta ainda importantes vantagens e benefícios:

 

 

Além destas qualidades, devido à sua alta solubilidade, este produto é imediatamente absorvido pela planta e o ganho de açúcar começa imediatamente após a sua absorção. Esta característica faz com que este maturador seja único no mercado. A solubilidade também aumenta sua mobilidade dentro da planta até atingir seu sítio de ação.

 

Resultados de campo mostram a eficiência deste maturador, com grande média de ganho de ATR e TAH mais elevados em variedades precoces, médias e tardias. Apresenta também um ganho de ATR bastante rápido, assim como contribui com o aumento da produtividade.

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