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Phytophthora sojae

 

Podridão-Radicular-de-Fitóftora

Phytophthora sojae
A podridão da raiz e da haste, também chamada de podridão radicular de fitóftora, causada por Phytophthora sojae, é considerada uma das doenças mais destrutivas da cultura da soja, podendo reduzir o rendimento de grãos em até 100% em cultivares altamente suscetíveis.
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Distribuição Geográfica

 

Esta doença foi observada em soja pela primeira vez em 1948, no estado de Indiana, EUA, e atualmente encontra-se disseminada em 24 estados deste país.

 

O patógeno já foi encontrado na cultura da soja nos seguintes países: França, Itália, Rússia, Ucrânia, China, Irã, Japão, República da Coréia, Paquistão, Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América e Austrália.  No Brasil, a doença foi identificada no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

 

Características

 

O P. sojaeé um oomiceto que apresenta micélios cenocíticos (sem septos), quando jovem, e septados, com a idade, e que se reproduz tanto assexuadamente, através da formação de clamidósporos (estruturas de resistência), esporângios (estruturas onde os esporos são formados) e zoósporos (esporos assexuais), quanto sexualmente,pela formação de oósporos (esporos sexuais).

 

Ciclo Reprodutivo

 

A podridão radicular de fitóftora em soja é uma doença monocíclica. Oósporos remanes-centes no solo ou recém-formados em tecido vegetal, durante a safra, podem sobreviver por muitos anos na ausência do hospedeiro. Formam esporângios em temperaturas próximas a 25 ºC, que se acumulam até que ocorra encharcamento do solo, quando liberam zoósporos, que nadam em direção às raízes de soja, atraídos por isoflavonoides (genisteína e daidzeína) produzidos pelas raízes e pelas sementes em germinação. Quando encontram o tecido vegetal, os zoósporos fixam-se, encistam, germinam e penetram diretamente, dando início à doença.

 

Danos

 

Podridão por Phytophthora sojae

Os sintomas causados por P. sojae são observados em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura. Na fase inicial do ciclo da soja ocorre apodrecimento de sementes ou flacidez na radícula, chegando até o cotilédone, e as sementes infectadas germinam lentamente, podendo ocorrer morte de plântulas. Em plantas jovens, a extremidade da raiz principal torna-se flácida e marrom, atingindo o hipocótilo até o nó cotiledonar, as folhas tornam-se ama-reladas, murcham e a planta seca e morre.

 

Controle e Manejo

 

Dentre as medidas de controle, podem ser utilizados fungicidas, técnicas de drenagem do solo, correção do solo com compostos de cálcio e cultivares resistentes. A resistência genética é a estratégia mais utilizada contra a doença, podendo esta ser completa (resistência à raça específica) ou parcial (limitando o dano ao tecido radicular).

 

O controle químico é efetivo para cultivares com elevado grau de tolerância. O tratamento pode ser realizado via semente ou diretamente na linha de semeadura, no solo. A aplicação de fungicidas na parte aérea não tem efeito contra a podridão radicular de fitóftora.

 

O controle integrado, combinando alta tolerância de cultivares e melhoria nas condições físicas do solo, especialmente pela drenagem e pela descompactação, é tão efetivo quanto a resistência completa ou o uso de fungicida, na maior parte dos ambientes. A rotação de culturas pode ser empregada para evitar o aumento do nível de inóculo no solo.

 

Impactos na Sociedade

 

O Brasil é o principal produtor e exportador de soja – uma das principais commodities do mundo. Dela derivam os grãos para alimentação humana, o farelo como ingrediente importantíssimo para nutrição animal e o óleo na produção de bens de consumo para cozinha, medicamentos e biodiesel. O setor desempenha papel fundamental no equilíbrio da balança comercial brasileira, atendendo à demanda de diversos países com produtos com garantia de qualidade e sustentabilidade.

 

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