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Podridão-aquosa

 

Podridão-aquosa

Rhizoctonia solani
O fungo Rhizoctonia solani (anamorfo de Thanatephorus cucumeris) figura como um dos patógenos mais importantes na cultura da soja.  É responsável pela doença conhecida como tombamento de plântulas ou damping-off, ou podridão-aquosa, e pode se manifestar em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura, tanto em pré como em pós-emergência.
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Distribuição Geográfica

 

Rhizoctonia solani ocorre em praticamente todas as regiões tropicais e subtropicais que cultivam soja no mundo.

 

Características

 

O fungo apresenta, inicialmente, micélio hialino, tornando-se marrom na maturidade. Hifas jovens tipicamente ramificam-se em ângulos de 45º ou 90º, com longas células, apresentando constrições no ponto de origem e septos próximos às ramificações, já que o mesmo não produz esporos (assexuados). Os escleródios são marrons ou pretos, variáveis na forma, frequentemente pequenos e conectados por fios de micélio.

 

Ciclo Reprodutivo

 

O fungo hiberna como escleródio ou micélio no solo, nos resíduos de culturas e na semente. As infecções por R. solani ocorrem por meio do contato da planta com propágulos ou escleródios levados pela chuva e pela água, por máquinas, equipamentos ou por partículas de solo infectado dispersas pelo vento. O micélio cresce sobre a superfície da planta, formando camadas de infecção a partir das quais a planta é contaminada. Às vezes, o fungo produz basidiósporos sexuados, que germinam e infectam a planta através dos estômatos. A infecção por micélio também ocorre via estômatos e tecidos machucados. O fungo afeta as raízes e a base da planta, mas também caules, folhas e frutos, se estiverem perto do chão. Após a morte da planta o fungo entra contato com o solo e o ciclo se repete.

 

Danos

 

Rhizoctonia solani

Os principais sintomas dessa doença ocorrem na fase inicial de desenvolvimento da soja. As plântulas emergem normalmente e, após alguns dias, apresentam menor porte, as folhas escurecem e murcham e as plantas morrem.

 

Controle e Manejo

 

O controle da doença é mais eficiente quando se adotam medidas integradas.

 

Para evitar a entrada e a reprodução do fungo no solo, alguns aspectos devem ser considerados no processo de planejamento do manejo, quais sejam: descompactação do solo, para evitar o encharcamento; limpeza frequente de maquinários e de implementos, evitando a entrada de outros solos contaminados na área de cultivo; utilizar sementes certificadas, levando em conta o somatório dos atributos físicos, genéticos, fisiológicos e sanitários das mesmas, quando possível; utilizar cultivares resistentes a doenças fúngicas; realizar a rotação/sucessão de culturas com gramíneas; manter o solo com adubação equilibrada; realizar o manejo integrado de doenças, assim como análises frequentes de solo.

 

Porém, o mais relevante cuidado é fazer o tratamento de sementes com fungicidas adequados (sistêmicos + contato), protegendo a radícula e a raiz da planta antes da sua emergência, pois um dos principais caminhos de infecção por fungos que estão no solo ocorre através da radícula.

 

Impactos na Sociedade

 

A soja é uma das culturas mais importantes na economia mundial. Seus grãos são muito utilizados pela agroindústria, como, por exemplo, na produção de óleo vegetal e rações para alimentação animal, na indústria química e de alimentos. É também utilizada como fonte alternativa de biocombustível. O Brasil é o segundo maior produtor e processador mundial da soja em grão e o segundo exportador mundial de grãos, farelo e óleo, garantindo ao País um papel de grande potencial para o produto.

 

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