CARACTERÍSTICAS
Os conídios jovens de Alternaria solani são hialinos, geralmente medem 50 x 12 μm, são alongados a ovoides, têm número de septos variável entre 3 a 6.
A germinação do patógeno ocorre em ampla faixa de temperatura, de 6 a 32°C. Contudo, as temperaturas mais favoráveis situam-se entre 28 e 30°C.
CICLO REPRODUTIVO
A Alternaria solani sobrevive entre um cultivo e outro em restos de cultura infectados, associada à matéria orgânica do solo, em solanáceas suscetíveis ou ainda nas sementes. A colonização é intercelular, invadindo tecidos do hospedeiro e provocando alterações em diversos processos fisiológicos, que se exteriorizam na forma de sintomas. Em condições de campo, as lesões surgem 3 a 5 dias após a inoculação, todavia em condições controladas pontuações negras podem ser verificadas 24 h após a inoculação.
DANOS À LAVOURA
A pinta-preta apresenta alto potencial destrutivo, com incidência sobre folhas, hastes, pecíolos e frutos, ocasionando elevados prejuízos econômicos. O estádio avançado da doença é caracterizado pela redução da área foliar e do vigor da planta, com quebra das hastes, queda dos frutos e morte das plantas.
CONTROLE E MANEJO
O controle químico da pinta-preta deve ser realizado por meio de aplicações preventivas de fungicidas de contato no início do período vegetativo e do uso alternado de fungicidas sistêmicos e de contato a partir do aparecimento dos primeiros sintomas (florescimento e frutificação).
IMPACTOS NA SOCIEDADE
O tomate é considerado a segunda hortaliça mais consumida no mundo e a principal hortaliça cultivada no Brasil, perdendo apenas para a batata. Essa cultura tem grande importância socioeconômica em todo o país, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
No entanto, as doenças do tomateiro, como a pinta-preta, são responsáveis por grandes prejuízos econômicos, e seu controle representa o principal custo de produção da cultura.
Fonte: Instituto Biológico