CARACTERÍSTICAS
O percevejo barriga-verde, na fase adulta, mede de 9 a 12 mm de comprimento, apresenta o dorso marrom-acinzentado e a parte ventral do corpo de cor verde-claro, característica morfológica que originou a denominação popular desse inseto. Nos meses mais frios do ano, em especial durante o inverno, a coloração ventral passa a ser marrom-acinzentada, perdendo a cor original verde, típica do verão.
CICLO REPRODUTIVO
Os ovos de Dichelops melacanthus são colocados normalmente sobre folhas de plantas hospedeiras, embora a postura também possa ser realizada na palha de cultivos de cobertura usados no sistema de semeadura direta. O ciclo de vida dura, em média, 26 dias.
DANOS À LAVOURA
Os danos vão desde pequenas perfurações, enrolamento das folhas centrais, redução do porte das plantas, perfilhamento, até a morte das plantas. Já as plantas de trigo atacadas pelo percevejo crescem menos, emitem maior número de perfilhos e apresentam perfurações nas folhas, o que reduz a produtividade das lavouras. Quando esses insetos infestam as plantas entre as fases de alongamento do caule e grãos leitosos, provocam o aparecimento de grãos chochos, diminuindo a qualidade do cereal.
CONTROLE E MANEJO
Para o manejo desta praga é essencial a realização de um controle eficaz na cultura antecessora ao cultivo do milho, ou seja, é necessário que o produtor comece o controle, realizando amostragens, desde o manejo da soja até as fases iniciais de desenvolvimento do milho safrinha.
A utilização de inseticidas químicos via tratamento de sementes ou em pulverizações realizadas nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura é a alternativa mais utilizada, com o objetivo de minimizar a ação de pragas iniciais e evitar perdas de produtividade. O tratamento de sementes é fundamental para o manejo da praga.
IMPACTOS NA SOCIEDADE
Dentre os principais danos causados pelo percevejo barriga-verde destacam-se a redução da produtividade da cultura e da qualidade das sementes. Além disso, os percevejos também atuam como agentes transmissores de doenças para as plantas, afetando ainda mais a produtividade do milho.
Fonte: Embrapa